quarta-feira, 24 de junho de 2009

O convertido

Nesta semana que passou o presidente Lula talvez tenha dito a maior quantidade de bobagens homéricas de todas as pronunciadas ao longo de sete anos de mandato. Ele é popular, legítimo, demagogo, pode tudo, mas isso desde que não tente mudar a realidade dos fatos e nem prever conseqüências históricas que só interessam a ele e aos seus súditos.
Ao se referir a guerrilha do Araguaia, um dos episódios ainda não totalmente esclarecido durante a RESISTÊNCIA ao regime militar, disse em tom professoral que o Brasil precisa é de heróis, e não de ficar tentando identificar e julgar seus algozes.
Ninguém precisa de heróis. Nenhuma Nação precisa de heróis. Só gente e mundo de fantasia é que precisam de heróis.
O Brasil precisa, isto sim, o mais rápido possível, é esclarecer em que circunstâncias dezenas de militantes políticos brasileiros foram assassinados nas matas do cerrado.
Lula, a cada dia que passa, se afasta ainda mais dos compromissos políticos ideológicos que o levaram à presidência da República.
O roteiro de seu mundo perfeito, onde a oposição é o mal e ele, só ele, é o bem, deve estar sendo escrito por alguém dos estúdios das antigas chanchadas da Atlântida. E alguém muito competente. Se não fosse assim, como aqueles jovens de ontem (nós mesmos!) poderiam continuar acreditando num líder de esquerda que é o preferido do presidente dos Estados Unidos?

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