sábado, 24 de abril de 2010

Dívida cruel



Laerte, na Ilustrada de hoje. Podia ser qualquer um de nós, povo do tempo do lápis e papel.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Vou ali e já volto

Não tenho tido condições de postar como deveria e gostaria, volto e explico outro dia qualquer.
Por enquanto, continuo insultado pela desfaçatez do presidente da República em se lançar candidato quatro anos e meio antes da eleição. Ele está fora por imposição da Constituição, mas já se sabe que tentará voltar em 2014, com Dilma ou Serra, tanto faz.
Também continuo fascinado pelo tema da desconstrução da Igreja Católica. Está chegando a hora de revisar os efeitos da religião na sociedade, os evangélicos têm de serem contidos, todos os religiosos enquadrados em uma nova ordem social inspirada e voltada unicamente para o conhecimento.
Estes pensamentos devem ser uma bobagem escandalosa diante da verdade absoluta da ciência política e dos modernos conceitos filosóficos e científicos, mas não posso deixar de dizer que Lula é um cínico, os padres nos envergonham, os bispos nos espantam e o Papa nos engana.
Até mais tarde.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Das 27 teclinhas

A candidata do governo a presidência da República começou a enfrentar dificuldades reais na campanha eleitoral. O grande problema, segundo posso ver aqui do alto do nada, sem dúvida, é o discurso. Ela largou na ofensiva, com agressividade e lógica de oposição, mas contra um fantasma eleitoral do seu partido, o ex-presidente Fernando Henrique. Este tipo de discurso, ou melhor, o texto de Dilma, não sustenta uma lógica progressiva, o inimigo é requentado de um passado distante e dito superado. Logo depois de anunciado, o textinho tem de ser explicado, justificado. Do ataque, passa de imediato à defesa. Isso não é bom. Quer dizer, não é bom para ela, candidata, mas é ótimo para os adversários.
Ou o pessoal do teclado fala sério ou a candidata vai para o baile eleitoral como alguém impulsivo, autoritário e... inconfiável. O marketing de maldades já parece bem assimilado pelo eleitor, talvez seja hora de simplesmente falar a verdade, tipo eu sou fulaninha de tal, fiz tal coisa e quero fazer isso, isso e aquilo. Não deve ser muito difícil. Até o Serra conseguiu.

Redondilha manca

O Haiti não é aqui.
O Chile não é aqui.
Teerã não é aqui.
Caracas não é aqui.
Havana não é aqui.
Washington não é aqui.

O Morro do Bumba é aqui.

domingo, 11 de abril de 2010

Amanhã será um novo dia

Estratégia de campanha política. Isso é o que decide eleição, fora suicídios voluntários de candidatos e fatos políticos excepcionais.
Os discursos de ontem, de Serra, Fernando Henrique, Lula e Dilma, desnudaram forma e conteúdo das campanhas eleitorais da oposição e da situação.
A Situação, pelos mais descabidos e extraordinários motivos, usará o discurso de Oposição. Ninguém entre os governistas foi capaz de formatar uma conversa lógica progressista. Preferiram desenvolver defesas específicas contra supostos ataques e acabaram apresentando-se ao distinto público como uma espécie de elefante enfeitado de bailarina tentando se equilibrar numa corda bamba em chamas. É muito "heroísmo" para um povinho debochado como os brasileiros.
A oposição conseguiu falar olhando para o futuro. E isso insinua um sentimento de orgulho nacionalista sem apelar para ufanismos personalistas e patrióticos. Deu para entender o que Serra estava querendo dizer. Conteúdo é fundamental, sem ele não há forma que resista. O palhaço, por mais simpático que seja, tem que ser engraçado.
O abismo entre o improviso de Serra e o de Dilma, nos eventos de ontem, é tão grande que pode muito bem abrigar o grande saco de popularidade do governo Lula.
A Oposição falou como um bom aluno do terceiro ano científico falaria sobre o que ele vai ser quando crescer. Uma conversa objetiva e inspirada na esperança.
A Situação falou como o pipoqueiro no pátio da escola, ”olhai, vamo aproveitá, o preço vai subi”, quer dizer, um papo de vendedor ambulante de oportunidades.
Se depender de estratégia, e do texto, o jogo já está ganho.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Hora de sofrer

Estava reparando a pouco, do alto da varanda aqui de casa, de onde tenho uma privilegiada vista panorâmica de um pedaço exemplar das franjas periféricas soteropolitanas, o cinza chumbo das nuvens pesadas e o ar noir, grisé, que cobre mangueiras, cajueiros, jambeiros, clubes sociais, palacetes e casebres amontoados. O outono é tão bonito quanto ameaçador.
As cidades são como os animais domésticos, sabem quando vai acontecer algo ruim. Agora, basta olhar para o céu da Bahia que se vê que vai acontecer algo ruim. Muito ruim.
Dizem que há estreita relação entre as forças da natureza e as divindades da crença humana.
Então, se por um acaso da minha lógica digressiva os deuses estejam mesmo castigando São Paulo e Rio de Janeiro por sua população ter votado em políticos incompetentes e ladrões, imaginem só o tamanho do problema que está chegando à Bahia nas asas do vento.

Blaarrrggh

E o “joguinho político”, heim?
Como pode um sujeito ser tão descaradamente mentiroso e cínico?
Neste ritmo alucinado de toma lá dá cá para controle dos meios de comunicação, o presidente da República pode chegar aos 90 por cento de popularidade. Os 10 por cento restantes, os que sabem ler e escrever direitinho, continuarão a ter acesso de vômito cada vez que a maior fraude política da história desse País aparecer na televisão.

Na casa do lobo mau

E o Bento 24, heim?
A moral da Igreja Católica escorre terra abaixo como se fosse uma ribanceira de favela carioca.
Os casos se avolumam nos noticiários mundo afora. Hoje, soube-se que um venerável padre alemão do pequeno município alagoano de Craíbas é um tarado débil mental que mantém um arquivo em casa com mais de 1.200 fotos de sexo com crianças e adolescentes.
A sociedade não pode ficar de braços cruzados à espera de uma atitude do Santo Padre, ele mesmo acusado de omissão e conivência.
Sugiro que se comece proibindo crianças de ir à Igreja. É mais perigoso que pátio de escola pública na Bahia.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Ordem na casa

Ah, sim, antes que seja tarde demais, é preciso pressionar Dunga com a realidade da vida. Primeiro, o futebol é muito, muito importante para a grande maioria da população, vale, pois, a opinião de quem acha que tem opinião.
Segundo, El enano Lionel (melhor nem falar o nome do cara) fez quatro ao natural, e pra cima de uma zaga de assassinos autorizados pela rainha.
Terceiro, ou a gente leva os melhores tecnicamente, e não apenas os melhores profissionalmente, ou estamos ferrados e mal pagos.
Não sou poeta nem comungo do sorriso fácil do textinho modelito armandonogueira apenas sei, do fundo da alma de jogador por vocação, de centroavante nato , sei que isso é só um jogo e vence quem descobre um jeito de ser melhor que o adversário, quem ousa, cria, arrisca, erra e transforma. Bolinha de segurança pro lado é fim de campeonato. A união faz a força... e a obsessão. A individualidade faz arte e diversão. Esse é o jogo. Ronaldinho Gaúcho já!

Buenos dias

São Paulo e Rio estão pagando o pato que comem nas eleições. Quer dizer, todos pagamos nosso pato, paulistas e cariocas são apenas a maioria, e ai, ai, ai, a chuva está vindo para a Bahia.
Ando com o humor além do matagal que cobre meu jardim, não tenho disposição para raciocínios críticos, leiam, portanto, este trechinho do editorial de hoje de O Globo. É por aí:

Nessas horas, políticos apontam para a ocupação de áreas de risco. O presidente Lula, ontem no Rio, foi um deles.
Mas a favelização se deu e se dá devido a eles próprios, os políticos. No poder ou na oposição, costumam assumir posturas demagógicas de defensores dos “pobres sem teto”.
Que ficam, então, nas encostas cariocas, nas várzeas dos rios paulistanos.
Quando vem a água, é pedido para eles se retirarem, por segurança. É mais do que irônico — é cínico.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Regulamentar



Laerte, hoje, na ILustrada. Não, não tem nada a ver com Dilma. Só a distância.

sábado, 3 de abril de 2010

Assim é se lhe parece



Tira de Angeli, ou seria um cartoon, na Ilustrada de hoje. Acho que tem a ver com a páscoa, o avião parece de chocolate...

quinta-feira, 1 de abril de 2010

En nombre de Diós

O Papa está nu.
A Igreja Católica está nua.
Nuela como uma pecadora flagrada em adultério.
Padres? Melhor prendê-los.
Pode parecer bobagem, afinal o assunto exige algum entendimento teológico e certa profundidade filosófica, ou seja, só está autorizado a dar palpite quem pensa a sério, mas não resisto a tergiversar um pouquinho ou mesmo digressionar uns 45 graus à esquerda e afirmar alto e bom som que sempre achei batina uma espécie de vestido disfarçado. Sempre. O dia em que vi um Cardeal pela primeira vez, por Deus, eu achei que era a minha bisavó e que ela tinha enlouquecido.
Já vão tarde.

Dia de lorota

Hoje é 1º de abril.
Acho que vou visitar uma obra do PAC para comemorar.
E nem preciso sair de casa.
A obra do muro da quadra de futebol aqui de casa está atrasada quase dois anos e caso haja súbita condições de comprar material e contratar um pedreiro, segundo li no artigo de um economista, o alambrado do campinho minúsculo estará automaticamente cadastrada como obra do PAC.
Vou até ali daqui a pouco e acenderei uma vela no canto da fonte.
Um ritual digno de um país dirigido por um...
Bem, é de manhã, vem o sol, deixa pra lá....
Vamos nos ligar na semana santa. Bom momento para se reencontrar com o peixe. Pelo menos o cheiro é mais agradável.