domingo, 11 de abril de 2010

Amanhã será um novo dia

Estratégia de campanha política. Isso é o que decide eleição, fora suicídios voluntários de candidatos e fatos políticos excepcionais.
Os discursos de ontem, de Serra, Fernando Henrique, Lula e Dilma, desnudaram forma e conteúdo das campanhas eleitorais da oposição e da situação.
A Situação, pelos mais descabidos e extraordinários motivos, usará o discurso de Oposição. Ninguém entre os governistas foi capaz de formatar uma conversa lógica progressista. Preferiram desenvolver defesas específicas contra supostos ataques e acabaram apresentando-se ao distinto público como uma espécie de elefante enfeitado de bailarina tentando se equilibrar numa corda bamba em chamas. É muito "heroísmo" para um povinho debochado como os brasileiros.
A oposição conseguiu falar olhando para o futuro. E isso insinua um sentimento de orgulho nacionalista sem apelar para ufanismos personalistas e patrióticos. Deu para entender o que Serra estava querendo dizer. Conteúdo é fundamental, sem ele não há forma que resista. O palhaço, por mais simpático que seja, tem que ser engraçado.
O abismo entre o improviso de Serra e o de Dilma, nos eventos de ontem, é tão grande que pode muito bem abrigar o grande saco de popularidade do governo Lula.
A Oposição falou como um bom aluno do terceiro ano científico falaria sobre o que ele vai ser quando crescer. Uma conversa objetiva e inspirada na esperança.
A Situação falou como o pipoqueiro no pátio da escola, ”olhai, vamo aproveitá, o preço vai subi”, quer dizer, um papo de vendedor ambulante de oportunidades.
Se depender de estratégia, e do texto, o jogo já está ganho.

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