domingo, 4 de outubro de 2009

O que é isso, companheiro?

Tem craque de futebol que bate pênalti na mão do goleiro. É do jogo. Pistoleiro dar tiro no pé também é normal em duelo à bala. O que não dá para entender, em política profissional, é um candidato majoritário preferencial adotar métodos eleitorais oportunistas como se estivesse disputando diretoria em sindicato profissional ou em time de futebol da várzea. É de dizer, pô, parece que bebe.
O governador Jacques Wagner está a reboque de um plano de marketing eleitoral absolutamente idiota. Ele acaba de colocar em prática, ou colocaram por ele, tanto faz, um amplo projeto de doação de cabras e bodes para agricultores familiares de baixa renda, com um brinco na orelha de cada animal exibindo a logomarca do Governo do Estado e o slogan de sua gestão. O projeto custa mais de R$ 12 milhões no momento em que a Bahia vive graves crises nos setores de Educação, Saúde e Segurança. E o pior: a associação baiana de criadores de caprinos diz que os animais oferecidos são de baixa qualidade.
Wagner é governador bem avaliado, candidato a reeleição. É do partido de Lula, tem apoio de Lula, tem a caneta do milagre nas mãos, está com medo de quê? De Paulo Souto? De Geddel Vieira? Será que o governador não sabe ou não acredita que o maior eleitor baiano é um senhor chamado Lula? Souto perde para Wagner, a Bahia já viu esse jogo. E Geddel perde para Lula, na hora que Lula quiser ou mandar, todos caímos de saber disso.
Mas o jogo é jogado, o lambari é pescado e cabra não usa brinco!
Mais uma derrapada dessas do marketing do governador e algum político de oposição pode lembrar ao distinto público que Wagner, com aquela barbinha caprichosamente desenhada, é ele mesmo o bode no meio da sala.

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