sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Melhor vendedor

A literatura ainda não conseguiu sobrevoar todo o vasto e misterioso território do mercado editorial brasileiro. Aqui não apenas não se escreve, como também não se lê. Três vezes não.
Dias atrás recebi um borderaux da Editora sobre as vendas do meu romance. Por questão de ética editorial (!?) e absoluta vergonha na cara, não comento. São números inquietantes. Eu sabia, como todo mundo, que 2.000 exemplares significam best seller para autores desconhecidos no Brasil. Mas na Ilustrada de hoje, notei que as coisas não são bem assim, como diria o presidente Lula. São bem piores.
O borderaux da escritora Herta Mueller, prêmio Nobel de Literatura, é bem mais inquietante. Ela foi publicada em 2004, com o romance O Compromisso, tradução de Lya Luft, editora Globo, tiragem de 2.090 exemplares. Vendeu, até junho, 284 livros. Ontem, depois do anúncio do Nobel, vendeu o restante da edição.
Das duas, uma: isso quer dizer que somos um país de novos ricos aculturados ou que eu sou sério candidato a best seller.

Um comentário:

Anônimo disse...

publica outro.