quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Aos filhos do Carequinha

Hoje é dia do palhaço. Bom dia para pensar em palhaçada.
Então, raciocínio político lógico, é bom imaginar o que vai fazer no próximo ano já que este que termina virou um enigma publicitário governista.
Pense no seguinte: a direita está de volta. Ela mesma, a direita. Na verdade dos fatos e dos governos, nunca saiu do mesmo lugar, mas acreditando-se nas figurações ideológicas, vai voltar em grande estilo, no voto. Está se falando, claro, da derrota anunciada da esquerda bolivariana latino-americana, ou melhor, sul-americana, apesar da resistência da mídia em ceder espaço à lógica. No Chile, a elegância democrática progressista da senhora Bachelet vai dar lugar aos conservadores reacionários viúvas do militarismo desenvolvimentista. No Brasil, o neoliberal cauteloso José Serra se consolida como candidato natural da evolução democrática nacional, algo que os marqueteiros oficiais do Planalto não sabiam ou resolveram ignorar. Bachelet tem quase 80% de aprovação, mas não consegue, como Lula, transferir votos para seu candidato. Pelo menos é o que dizem as pesquisas, e pesquisas sérias, não aquelas de institutos minúsculos pagos por sindicatos poderosos. A Argentina, e los otros, virão atrás como um comboio de carroças rumo ao fim do mundo.
Eleição é sempre bom tema para palhaços, ou melhor, eleitores. A gente, que mantém a bunda virgem dos bancos oficiais, pode começar a rir a partir de agora. A velha inimiga vai voltar. Pelo menos com ela a gente já sabe que vai ao baile para dançar. Só para dançar. E também sabe que o sonho de verdade ainda nem começou.

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