sábado, 30 de maio de 2009

Hora da hóstia

O arcebispo de Olinda e Recife, aquele descendente de ratão do banhado que acha o aborto um crime maior que o estupro de uma menina de nove anos de idade, não está sozinho, como a princípio se chegou a considerar em favor de uma suposta modernidade no pensamento da Igreja Católica.
O cardeal espanhol Antonio Cañizares, um dos ministros da Cúria do Vaticano, surpreendeu o mundo esta semana ao afirmar, comentando os abusos sexuais contra menores cometidos nas escolas católicas irlandesas entre os anos 1950 e 1980, que "não é comparável o que tenha podido acontecer em alguns colégios com os milhões de vidas destruídas pelo aborto".
Ninguém conseguiu entender porque Vossa Santidade minimiza a pederastia dos padres, mal capaz de destruir moralmente crianças e adolescentes, e maximiza a criminalização do aborto, uma decisão pessoal de defesa do próprio corpo.
O cargo del monsenhor no Vaticano, indicação do Papa, talvez ajude a formular uma resposta: o cardeal é nada mais nada menos que ministro da Congregação pelo Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos. Quer dizer, é o Marqueteiro das Trevas.

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