quarta-feira, 27 de maio de 2009

O País do futebol

O mosaico da cultura brasileira tem peças dos mais variados materiais e cores, como azulejos portugueses, mármore carrara e papel higiênico.
Sou desses tipinhos deslumbrados com as artes varonis, cheguei até a acreditar, num primeiro momento deste que dizem ser o novo tempo da Nação verde e amarela, que o então ministro da Cultura, Gilberto Gil, faria de fato algo por nós. Não fez. Não se sabe se não soube, não pôde ou não quis. O fato é que não fez.
Ontem, no site do Estadão, havia uma notinha muito ilustrativa da realidade cultural nacional.
O escritor Rubem Fonseca, talvez o maior autor vivo da literatura brasileira, assinou contrato com uma nova Editora para publicar seus livros. O romancista recebe um milhão de reais para trocar de oficina.
O centroavante Obina, reserva do Flamengo negociado a troco de banana com o Palmeiras, também está de patrão novo. Deve receber mais de um milhão de reais só pelos direitos de imagem, fora salários, prêmios, publicidades, etc.
O que o senhor quer ser quando crescer, escritor de romances ou centro-avante cabeça de bagre?

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