segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Questão de caráter

Volto ao jardim, na certeza que devo atacar.
A situação do país é alarmante, ou pelo menos muito, muito preocupante.
Não há mais governantes. Esta parece ser a principal característica do atual modelo político democrático nacional. Todos os governantes são candidatos. Todos são personagens político-partidários eleitorais. Não há autoridade pública.
Aqui na Bahia estamos em agosto, não sei que mês vocês estão por aí, e ainda não há aulas na rede estadual de Educação. Em uma espécie de mórbida compensação, morrem adolescentes pretos pobres em confronto com a Polícia aos magotes, como se fossem dados estatísticos da segurança pública e não gente.
Em São Paulo, mais exatamente em São Carlos, cidade universitária de alta qualidade de vida, dois seguranças de supermercado espancaram um pedreiro até a morte porque este havia roubado uma coxinha e um frasco de shampoo. O governador paulista está empenhado em apagar os cigarros da população e não percebe o tamanho das chamas em volta.
Em Brasília, o Congresso Nacional é um circo de horrores e palhaçadas.
Mídia, historiadores e palpiteiros dizem que o brasileiro é cordato, honesto, trabalhador, solidário. O brasileiro, suponho, é, antes de tudo, esquivo. Reage como se estivesse sempre a despistar o predador. E também é burro. Na hora do voto, no mais das vezes, acaba elegendo o predador como se fosse o protetor.

Nenhum comentário: