domingo, 7 de fevereiro de 2010

Do abacateiro

O presidente Lula e o Partido dos Trabalhadores têm chamado insistentemente o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para a briga eleitoral.
O ex-presidente resolveu aceitar o convite.
Leiam o que ele escreveu em seu artigo semanal para alguns jornais (eu li no blog do Noblat). Reproduzo o lead, digamos assim:

O presidente Lula passa por momentos de euforia que o levam a inventar inimigos e enunciar inverdades. Para ganhar sua guerra imaginária distorce o ocorrido no governo do antecessor, autoglorifica-se na comparação e sugere que, se a oposição ganhar, será o caos.
Por trás dessas bravatas está o personalismo e o fantasma da intolerância: só eu e os meus somos capazes de tanta glória. Houve quem dissesse "o Estado sou eu". Lula dirá: "o Brasil sou eu!" Ecos de um autoritarismo mais chegado à direita.
Lamento que Lula se deixe contaminar por impulsos tão toscos e perigosos. Ele possui méritos de sobra para defender a candidatura que queira. Deu passos adiante no que fora plantado por seus antecessores. Para que, então, baixar o nível da política à dissimulação e à mentira?
A estratégia do petismo-lulista é simples: desconstruir o inimigo principal, o PSDB e FHC (muita honra para um pobre marquês...). Por que seríamos o inimigo principal? Porque podemos ganhar as eleições.

O presidente Lula vai responder, é claro. Não será em artigo pela Imprensa, mas em qualquer das centenas de microfones que tem à disposição para falar o que bem entende na hora que quiser. Publicarei a resposta. O esquentamento do processo eleitoral pelos dois grandes nomes nacionais que não disputam o pleito pode –e deve– influenciar diretamente no resultado. Eles, os dois, Lula e Fernando Henrique são os caras, as caras do Bem e do Mal, a depender, claro, do ponto de vista do espectador. Aguardaremos quietos à beira do regato.

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