quinta-feira, 9 de julho de 2009

O país do Cara




Acordei atrasado para esta quinta-feira com data de centroavante, cheio de idéias políticas e más intenções literárias, mas bastou abrir o computador e passar a vista nos portais e nas três principais capas de jornais (Folha, Estado e Globo) para a disposição e o bom humor se arrastarem ao rés do chão.
Até quando veremos denúncias diárias de desvios de verbas públicas e desmandos políticos do senador José Sarney? O atual presidente do Senado Federal já foi elevado ao posto de maior meliante da cena política nacional, mas seus pares, contra e a favor, não sabem o que fazer com ele. Como não se trata de um cidadão comum, conforme assinalou o presidente da República, sugiro prisão domiciliar e prestação de serviços comunitários, como pentear macacos no Amapá, por exemplo, ou contar histórias para boi dormir nas pastagens do pantanal ou no salão de festas da Academia Brasileira de Letras.
No Rio de Janeiro, cidade maravilhosa, um policial sacou a arma no meio da rua e promoveu um tiroteio alucinado para deter dois assaltantes de bancos. Quatro pessoas que estavam na calçada, e nada tinham a ver com cena, foram baleadas, e uma menina de 13 anos morreu. A polícia brasileira, sem qualquer dúvida, basta examinar as estatísticas da violência, continua sendo a maior e mais perigosa quadrilha organizada no País. A maioria é de homens truculentos, ignorantes que atiram em pessoas desarmadas para defender patrimônio privado, isso quando não estão caçando, a tiros, jovens pobres pelas periferias das grandes cidades.
A ministra Dilma Roussef, em atiçada campanha como pré-candidata a Presidência da República, bem que poderia dar palestras para policiais explicando o que é roubar um banco diante do que representa um banco.
O presidente da República? Lula não tem nada a ver com isso, não sabe nem viu, e está muito ocupado em promover seu conhecimento sobre filosofia política contemporânea e em distribuir camisas da Seleção Brasileira de Futebol pelo mundo afora.

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