quarta-feira, 1 de julho de 2009

Twitando no blog

Essa onda do twiter invadiu a net como um tsunami de bites. Meu amigo Mauro Assis, da Funyl de Brasília, me cutucou com vara curta pra entrar na nova grande brincadeira eletrônica, mas refuguei. Acho, ou pelo menos achava até ontem, que é modismo e logo, logo vai ser devorado, processado e esquecido para sempre. Mas li uma materinha na Ilustrada que mexeu com minha inquieta meia dúzia de neurônios.
O twiter, como todo mundo sabe, é um micro blog que aceita apenas posts de 140 toques, no máximo, e interliga simultaneamente milhões e milhões de usuários mundo afora. Uma dupla de jovens adolescentes norte-americanos bolou um formato sensacional para bombar o twiter: eles estão resenhando grandes obras da literatura internacional, uma a uma, post a post, de acordo com a limitação de 140 toques.
Ora, isto é, sem a menor dúvida, trabalho para velhos cozinheiros de redação de jornal diário, acostumados a reduzir glórias e tragédias a uma mísera frase com sujeito, verbo e objeto. Eu, por exemplo, sempre modesto e despretensioso, do alto de vastíssima experiência de edição diária, me considero campeão mundial da modalidade e vou, no maior descaramento possível, implantar aqui neste arrostante espaço de idéias e opiniões na contramão da realidade da mídia um sistema semelhante ao criado pelos garotos americanos. Tenho, nas estantes da parede atrás do computador, mais de 100 romances de alta literatura, e vou começar a resenhá-los no estilo twiter aqui mesmo neste blog semi-clandestino. Só não sei se começo hoje ou amanhã –às vezes há alguma coisa séria para fazer... Vamos ver como se sai o dia.

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