terça-feira, 29 de setembro de 2009

Big brotherzinho

Cooptação política de jornalistas venais sempre foi o método preferido de políticos carreiristas sem compromissos ideológicos. Antigamente, no tempo dos militares, por exemplo, o poder central comprava empresas jornalísticas inteirinhas, da antena da emissora de tevê aos charutos do redator-chefe, mas agora, talvez por economia, os moços encarregados da lógica política governista têm assestado a mira em colunistas estratégicos para influenciar formadores de opinião. Hoje, com a similaridade cada vez mais estreita entre a ótica nacionalista militar e a postura estatizante de um governo que se pretende social-democrata, parece que o velho método de compra por atacado está de volta.
Um exemplo?
Manchete do portal UOL de agora de manhã:
Lula é visto como herói pelos apoiadores de Zelaya.
O outro lado desta notícia é escandalosamente verdadeiro –ou seja, Lula é visto como um invasor, tanto pelo governo de Honduras como o Departamento de Defesa dos Estados Unidos.
A decisão de manchetear apenas uma tendência do fato, portanto, foi claramente o que se chama de manipulação editorial.
Já há alguns meses quatro das dez maiores empresas de comunicação do País, Globo, Bandeirantes, UOL e Terra, são dedicados porta-voz do Governo Federal em todos os níveis.
Isto sim é que é ditadura, o resto é Honduras...

Nenhum comentário: