sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Os maiorais e o maioral

O presidente Lula estava indo tão bem nas aparições internacionais. Respeitado pelo desempenho da economia brasileira, pela consolidação do processo democrático e pela postura ideológica em favor dos povos menos favorecidos, Lula estava, como se dizia antigamente, dando cartas e jogando de mão em mesa de profissionais calculistas como Obama, Sarkosy e Berlusconi. Beleza.
Mas de repente, sem mais nem porque, sabe-se lá por que cargas d’água, Lula resolveu interferir em Honduras, uma pequena República centro-americana com mínimas relações comerciais e culturais com o Brasil. A foto que ontem era brilhante, hoje amanheceu esmaecida. Lula, ao que parece, usou aquela velha idéia política de que para resolver um problema, nada melhor do que outro problema. Zelaya na Embaixada brasileira em Honduras é o bode na sala. Agora, segundo a lógica do marketing, basta tirar o bode da sala.
O prestígio internacional brasileiro já se esfuma como surgiu, na poeira do tempo, e aqui no quintal, fora o assombro da população com a expectativa de o Brasil se envolver em um conflito internacional, já floresce mais desarranjos políticos partidários do que Maria-sem-vergonhas e para alvoroçar ainda mais o cenário se sabe que dois caças franceses Rafale, do tipo que estamos comprando por bilhões de dólares, caíram no mar em simples manobras de exibição.
Ainda bem que nada temos a ver com o fato de uma sonda indiana ter descoberto água em mais de 60 por cento do solo lunar. Se não já estaríamos lendo um comunicado oficial da Presidência da República de que Lula não sabia de nada, é tudo mentira até que se prove o contrário, mas a Petrobrás já estaria estudando uma maneira de prospectar a água lunar, engarrafar e distribuir ao sofrido povo nordestino, porque nunca neste país o povo teve oportunidade de tomar água da lua e blá, blá, blá.

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