terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Cabo de guerra

Está prestes a arrebentar a corda esticada entre o Governo Federal e os comandantes das Forças Armadas.
O presidente ainda está devendo uma resposta conclusiva sobre a revisão ou não da Lei de Anistia e recebeu hoje algumas toneladas de pressão para que se decida logo, sem cheiro mole, como dizem os baianos.
A Força Aérea Brasileira acaba de rejeitar a decisão anunciada pelo presidente de comprar jatos franceses para reforçar a segurança nacional. A FAB prefere os jatos suecos. Mais ou menos como se o meia-armador do time dissesse pro técnico “tudo bem, mas NÃO vou voltar pra marcar e quem bate as faltas sou eu”.
Lula, como se sabe, usou pragmaticamente a negociação de compra dos jatos pelo Brasil para melhorar seu cacife diplomático internacional, sem consultar os militares, e desfrutando de uma autonomia inimaginável de único senhor e proprietário do Brasil, como se não soubesse que está no governo transitoriamente e não tem autorização legal para usar o patrimônio nacional de acordo com seus interesses políticos partidários pessoais.
A corda, depois de arrebentada, deveria ser usada para enforcar de vez a militância tacanha e oportunista de gente desqualificada pendurada nas tetas da nação como porcos esfomeados a bradar bravatas em nome do povo.
Espera-se que Lula consiga acomodar a melhor solução para o País, como trocar a escolha dos jatos a serem comprados pela revisão imediata da Anistia.
Lula é bom em conversa fiada e distribuição de dinheiro público em troca de apoio político. Os militares são bons em viver na mamata e em defender a qualquer custo a soberania nacional. Quer dizer, os dois lados tem tudo para se entender.

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