domingo, 31 de janeiro de 2010

De chapéu de palha

Domingo de sol na Bahia.
Seis e meia da manhã fui pegar uma manga no pé, uns 50 metros pra ir mais 50 pra voltar, pronto, voltei suando.
Deu vontade de ir à praia, mas infelizmente resolvi dar uma olhada no noticiário da Internet, pronto, voltei pra varanda puto dentro da bermuda.
Como é que pode? Uma terra tão linda, gente tão boa, e uma pá de safados a disputar administração pública na faca e no chute no saco.
Devia ser no voto, mas é no golpe.
O que o Instituto Vox Populi acaba de fazer para tentar alavancar a candidatura da favorita do Planalto é mais um crime de lesa-cidadania.
A maioria dos municípios usados na pesquisa são currais eleitorais do PT, e tem um, na Bahia, claro, que não tem nem representação dos partidos de oposição e o prefeito chama-se Chico da Dilma.
Mesmo assim, a escolhida do rei não faz nem cosquinha no índice do real favorito, o governador de São Paulo.
Procurando mais novidades aqui e ali encontrei algo sobre a provável estratégia de campanha da candidatura de Dilma. Ela irá explorar os alagamentos em São Paulo, uma exploração lamentável de uma anunciada tragédia natural, fartamente explicada pelas, digamos assim, autoridades meteorológicas, e tem grandes chances reais, segundo a experiência com marketing político ensina até aos mais distraídos, de transformar o inimigo em mártir.
As manobras da campanha de Dilma lembram as ações desesperadas dos antigos coronéis nordestinos para manter seu povo no cabresto quando começou o processo de abertura democrática ainda durante a ditadura.
Conforme esclareceu um dos maiores escritores do planeta, o peruano Mário Vargas Llosa, Lula, o Mito, o Deus, o Rei, o Iluminado, age como um aprendiz de ditador.
E aprendiz de ditador, sinceramente seu João e dona Maria, não tem direito de atrapalhar o domingo de sol de sonhadores como eu.
Vou à praia.

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