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Dois panfletos da CNBB chamando Lula de Herodes estão circulando em São Paulo.
O último ano do sindicalista Luis Ignácio Lula da Silva à frente da Nação brasileira começa a esquentar de verdade.
Na contramão da lógica oposicionista de que não se pode atacar político que tem alta popularidade e batendo de frente com o endeusamento que os beneficiários do atual governo cultuam o presidente, a Igreja católica resolveu arregaçar as mangas e entrar de vez na briga.
A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) acaba de divulgar dois panfletos, em São Paulo, chamando o presidente Lula de Herodes. Isso mesmo, Herodes, o rei que segundo a Bíblia ordenou a captura e morte de todas as crianças menores de dois anos de idade à época do dito nascimento de Jesus Cristo.
A CNBB tenta se defender do alcance do polêmico decreto do Programa Nacional de Direitos Humanos, principalmente a liberação do aborto, o casamento gay, a adoção de crianças por casais homoafetivos e a proibição de símbolos religiosos em estabelecimentos públicos.
Lula, pelo menos na minha opinião, como diz o filósofo contemporâneo Walter Casagrande, não é o cara. Está longe disso. Ele é o cara para os interesses do capital internacional. Mas a Igreja Católica, com sua histórica tradição de catequizar o povo como rebanho de Deus Nosso Senhor, está a dois mil anos de distância dos verdadeiros anseios do homem por liberdade e independência.
Entre o bispo com suas vestes luxuosas e sua bolsinha fumegante, fico com Herodes, quer dizer, Lula.
Acho que chamar o nosso populista demagogo de Herodes foi um pouco pesado demais.
Barrabás já estaria de bom tamanho.
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