quinta-feira, 25 de março de 2010

A água não lava tudo

Chove na Bahia. São as águas de março e abril. A chuva enche o saco até fim de maio, início de junho. Quer dizer, enche o saco para uns, para outros é caos, tragédia, desespero.
A Bahia sempre foi um castelo de cartas, linda de ver, mas podendo desabar com um sopro ou uma enxurrada. De uns tempos para cá, com o governo do PT, o “governo para todos”, o governo que não para de trabalhar fazendo “o bem a todos”, a situação piorou muito. É decepcionante ver a propaganda governista na televisão, um insulto fascista ao povo desamparado e desinformado e desprotegido e explorado. Os ditos socialistas apenas passam uma demão no castelo de cartas, igual fazia o Grande Demônio Antonio Carlos Magalhães. E também cobram comissão da tinta.
O ensino público faliu em silêncio, agonizando sob a escandalosa omissão dos movimentos sindicais, as escolas de segundo grau estão simplesmente fechando. O ensino está privatizado, parece que se instituiu a máxima do presidente Lula de que pobre não precisa de ensino, qualquer torneiro-mecânico analfabeto e mau caráter pode ”chegar lá”. A saúde pública é um jogo de crueldade diária, há epidemia de dengue, centenas de casos de meningite, hepatite B e gripe. A segurança pública é caso para um tribunal de justiça internacional. Nunca mataram tantos jovens pobres, pretos e desempregados. Os adolescentes do subúrbio são considerados todos eles membros do crime organizado e são executados aos magotes, sem direito à defesa, à proteção do Estado ou mesmo a um mínimo de civilidade.
E vem mais chuva por aí.

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