terça-feira, 9 de março de 2010

O dragão da bondade




A campanha eleitoral para a Presidência da República ainda nem começou, segundo a ótica transversa e obnubilada do TSE, mas a farra dos candidatos está a pleno vapor.
De acordo com a manchete da Folha de hoje, os principais candidatos, Serra e Dilma, estão em campo a inaugurar obras inacabadas ou até obras dos outros. Vale tudo em busca de visibilidade na Imprensa.
Lula, o dissimulado, se mantém a mil por hora, conforme se viu ontem, na favela da Rocinha, com arco e flecha nas mãos a 50 centímetros do alvo enorme, sob olhar carinhoso e admirado do governador carioca, como se este estivesse vendo o próprio Robin Hood em ação, em cena de humor pastelão. Seria de rir não fosse uma simples palhaçada de dois dos maiores canastrões da política nacional.
Mas a foto de hoje na capa da Folha é muito interessante.
Um filósofo contemporâneo diria que o jogo é jogado e o lambari é pescado.

Pode-se dizer tudo do presidente fanfarrão, menos que ele não sabe desfrutar de seus poderes sobrenaturais diante das câmeras da tevê ou de quem quer que seja. Lula, mais do que nunca neste país, não quer nem saber, diz e faz o que pensa e quer.
A nós, o querido ouvinte do interior, resta espernear –ou admirar o sacripanta descarado.

Repare na expressão me-leva-que-eu-vou da moça abraçada.

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