quarta-feira, 17 de março de 2010

Sinapses

A face branca do Word na tela do computador tem o mesmo recato da página pálida de susto que o poeta Mario Quintana contemplava em uma Olivetti enferrujada pelas maresias imaginárias do rio Guaíba, 100 anos atrás, atrás do tempo, deste mesmo tempo anunciado na claridade absoluta de um novo dia debruçado no mar da Bahia.
Pouco a fazer, não se pode nem fumar nos dias de hoje. Ainda não surgiu quem escreva alguma coisa minimamente interessante sem estar com um cigarro por perto.
Comer quindins, então, como o poeta fazia de garfo e faca, nem pensar.
Penso política e torço pelo constrangimento alheio. Jeito esquisito de exigir justiça.

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