sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Canário-goiaba

Visita nova na casa. Um canarinho amarelo, meio rajado de cinza nas asas, o topo da cabeça avermelhado. Parece o que meu pai chamaria de canarinho-da-terra. Está pousado num galho ressequido de goiabeira. Todos os instantes são tensos para os pássaros. Este está à espera de algo ou alguém, com certeza, não imagina que a goiabeira que o sustenta e emoldura é a mesma que dá de tudo, e da qual fiz um sambinha puladinho de rima rasa tempos atrás e cuja letra está num arquivo escondido, deixa ver, aqui está, control C control V, pronto,

Eu tenho uma goiabeira que dá tudo,
Dá goiaba, laranja e limão,

Eu tenho uma goiabeira que dá tudo,
Dá mangaba, caju e melão,
Dá pimenta, abobrinha e mamão,

Eu tenho uma goiabeira que dá tudo,
Dá lingüiça, quiabo e feijão,
Dá coentro, cebola, pimentão,
Dá romance, novela, dramalhão.

É. Eu tenho uma goiabeira que dá tudo. E agora também dá canário encantado... O que quebra o ritmo e encerra o assunto que nem chegou a existir.

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