segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Pela estrada afora

Manhã radiante de segunda-feira e lá vou eu a pé até a loja de material de construção comprar um pedaço de cano, duas luvas, cola plástica e braçadeiras, coisas de repente fundamentais para que a água volte a jorrar em casa. Nada demais, apenas um esforço para que tudo fique como estava antes, ou remendado.
No caminho empoeirado, lembro de Zé Luiz Nogueira, o poeta diretor, e de sua paixão confessa pelos pequenos consertos ou, digamos, tarefas caseiras. Zé adora consertar a bomba d’água, ir buscar a duas quadras do inferno –ou do paraíso– um botijão de gás, resolver a raivosa equação de dois pneus arriados e o estepe vazio, e ainda sair em busca de um cimentinho branco para rebocar dois azulejos rebeldes. Eu também sou mais ou menos assim não fosse sempre a súbita vontade de sair na porrada com os balconistas baianos, gente incapaz de entender que bitola de meia polegada ou de três quartos ou de 25 milímetros é tudo a mesma merda!

Nenhum comentário: