segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

A chave do segredo

Uma das grandes dúvidas das pessoas interessadas em jornalismo e literatura é saber como se conta uma história. Os dois maiores escritores latino-americanos têm métodos à venda nas livrarias –Cartas A Um Jovem Escritor, Vargas Llosa, e Como Contar um Conto, García Márquez– e, acreditem, ajudam muito.
Outra grande dúvida, por que as pessoas contam histórias, começa agora a ser respondida pelos cientistas e talvez jogue alguma luz sobre o povo que vive, ou pretende viver, das palavras.

Além do que já se sabia da síndrome de Korsakoff, descrita pelo neurologista Oliver Sacks no célebre O Homem Que Confundiu Sua Mulher Com Um Chapéu, outro neurologista amigo de escritores está publicando seus estudos sobre os motivos e hábitos das pessoas que contam histórias.
Para encurtar a conversa, o professor suíço Armin Schnider descobriu que todos os que contam histórias, os confabuladores, usam imagens do início de sua vida e podem ter outras situações em comum, como amnésia profunda em consequencia de algum tipo de aneurisma, doença de Alzheimer ou outra forma de demência, bem como quem tem teve o cérebro lesionado por um derrame e nem sabe disso.
Pois é. Como contar parece ser um bom exercício para entender por que.
Basta ser doido.

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