quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Namorinho de portão

O blog do Noblat deu ontem à noite a merecida visibilidade nacional a um encorpado artigo do jornalista ítalo-brasileiro Mino Carta publicado na revista semi-clandestina Carta Capital sobre o caso Battisti.
O artigo surpreende não porque mostra o coraçãozinho de Mino mais italiano do que brasileiro, mas sim porque o magnífico articulista é entusiasta declarado da evolução política brasileira com um líder operário na Presidência da República. Quer dizer, o jornalista, responsável por alguns dos maiores títulos da Imprensa nacional, como Veja e Jornal da Tarde, por exemplo, é uma das principais vozes da gauche-caviar brasileira que apóia, ou pelo menos apoiava, as impressionantes peripécias políticas-administrativas do governo Lula e agora resolveu atirar para dentro da trincheira.

Nunca entendi o repentino partidarismo de Mino, sempre saudado por todos nós como o mais criativo dos veteranos defensores da liberdade de expressão, com um governo que ataca sistematicamente jornais e jornalistas que não comungam de suas ideias sobre democracia e Imprensa.
Impossível saber se a Carta Capital era aliada do governo por amor ou amizade. De todo o jeito, acho que vamos ficar sem saber, parece que o sonho acabou.

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