sexta-feira, 10 de abril de 2009

As múmias do amém

A renovada moda dos homens públicos apontarem um inimigo poderoso para justificar ações e posicionamentos de alguma forma condenados por sua, digamos assim, comunidade, afinal, chegou de volta aonde tudo isso começou, dois mil anos atrás, na Igreja católica. Com o desgaste milenar na velha e boa imagem do Diabo, o Vaticano, na pessoa do Papa Bento XVI, acusou ontem, em plena sacada na piazza de San Pedro, no alvorecer do século XXI, o filósofo Fiedrich Nietzsche de ser um desagregador do grande rebanho mundial de almas religiosas.
O Papa disse que o pensador alemão substituiu, como virtudes fundamentais, a humildade e a obediência por dignidade e liberdade absoluta do homem. Não, o senhor não leu errado. A Igreja católica prefere ter fiéis humildes e obedientes a homens dignos e livres. Parece loucura, mas não é. É só religião.
Tenho dois livros de Nietzsche na estante. Vou começar a reler agora de manhã Além do Bem e do Mal. Leitura fundamental numa sexta-feira santa de lua cheia.
Na verdade, hoje, a única coisa interessante na Igreja Católica é a Ilse Scanparini.

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