sábado, 11 de abril de 2009

Prezado amigo

Candidato bom é candidato com inimigo. Não há registro na história de alguém que tenha sido eleito sem um inimigo declarado, um alvo claro. Os candidatos majoritários nacionais buscam inimigos como quem cata piolhos imaginários.
O governador de São Paulo, líder nas pesquisas para a sucessão de Lula, parece ter nomeado o cigarro como o grande mal a ser batido. A Ministra da Casa Civil não têm inimigos claros, tem fantasmas, só lhe resta atirar para dentro da trincheira. O governador de Minas Gerais, o mais legítimo Romeu e Julieta da política nacional, está aí para qualquer coisa e também por isso mesmo só vai conseguir qualquer coisa. Os outros só têm duas alternativas de inimigo: Lula ou o governo Lula, duas imagens bem avaliadas pelo eleitorado.
O jogo está aberto, como diz o pessoal da crônica esportiva. Os dois maiores candidatos, do PT e do PSDB, ou Serra e Dilma, para ficar mais claro, ainda não definiram o alvo. Por enquanto são apenas escaramuças. Mais à frente, aí sim, pode acontecer um cataclismo. Só há uma certeza:
não vai ser um a um.

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