quinta-feira, 16 de abril de 2009

Lero-lero-lero

O Ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, é uma figuraça.
Sujeito sério, bem formado, sangue bom, cheio de idéias e intenções nobres, mas, como se diz na gíria esportiva, não agüenta correr os 90 minutos. O confronto do seu Brasil idealizado em gabinete e as dezenas de Brasil que proliferam no Gigante Pela Própria Natureza revela o tamanho da distância entre o projeto político do Governo Federal e a realidade rural da Pátria amada. Um militante do governo Lula, o inventor da esquerda e da democracia, NÃO pode ameaçar de prisão um agricultor que sobrevive do que planta, enquanto o MST invade fazendas produtivas e exploradores da soja devastam a Amazônia e o Pantanal, isso sem contar a exploração desmedida da madeira, do garimpo, da fauna, etc, etc.
Além do mais, é difícil para o cidadão normal entender porque uma autoridade de alto escalão do Estado usa – invariavelmente – colete estampado. Por que isso? Ele quer provar que é diferente de todos nós? No primeiro momento de exposição nacional, o senhor Minc pareceu um cara folclórico simpático, depois já dava para desconfiar de exibicionismo fashion, agora já é impossível agüentar sua fantasia de bolero colorido e uma conversa que não soma dois mais dois. Reconsidere o superlativo da primeira frase desta nota. Troque por figurinha, é mais verdadeiro.

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