sexta-feira, 17 de abril de 2009

Não há vagas

Dizem que quando acontece algo muito estranho, bizarro, pode contar que na Bahia tem precedente. Desta vez, no caso do Hospital das Clínicas de São Paulo, acho que será difícil encontrar algo semelhante na Terra da Felicidade, por mais infeliz que seja a realidade local da saúde pública.
O neurocirurgião responsável pela coordenação da equipe médica de atendimento de politraumatismos da emergência do HC mandou um ofício ao Samu e ao Corpo de Bombeiros pedindo que NÃO fossem levados casos graves para o hospital porque já havia superlotação e reinava o caos absoluto.
A Folha de hoje diz que “dezenas de macas no corredor, falta de vagas na UTI, mesas de cirurgias ocupadas por pacientes por falta de leitos nos quartos e fila de espera para a cirurgia de emergência” era o quadro real do Hospital das Clínicas quando o médico decidiu mandar o ofício para o Samu e os Bombeiros.
O que pode acontecer a uma pessoa gravemente ferida se o pronto socorro de emergência não pode atender? Se for pobre, morre. Se for rico, procura uma clínica particular.
A direção do hospital resolveu o problema imediatamente: demitiu o neurocirurgião desumano. Os diretores continuam lá, com sua humanidade às avessas.

Um comentário:

Anônimo disse...

- o que é isso cumpanhêro...a saúde nessenossopaiz tá próxima da perfeição...isso é intrigaz dessa imprensa marrom e desses médicus disocupadus que ficam jogando biriba nos plantão.