segunda-feira, 2 de março de 2009

Ano novo, vida velha

Ando meio desligado, meio preguiçoso, meio deja vu. Não sei bem o que é, a depressão tem várias faces, a minha costumava brincar como palhaço de salão, agora parece uma senhora séria, cabisbaixa num canto da varanda a me perguntar em silêncio quando a vida recomeça.
Segundo o calendário real, recomeça hoje, segunda feira, dois de março. Mas da minha incurável ótica transversa, o que acontece hoje é o fim do ontem, então, portanto, hoje é o fim do ano que passou e depois sim, amanhã talvez, o início do ano novo. De um jeito ou de outro, na real da real, tenho nada a dizer.
Ando preferindo ler a escrever. Pior para vocês, leitores habituados a fuçar blogs internet afora em busca de idéias e opiniões que os ajudem a decifrar a realidade política, econômica e social de "um país como este". Sugiro que leiam o Josias para entender melhor a letra do samba enredo do carnaval que não acaba nunca ou vão colher batatinhas ou abobrinhas ou maças envenenadas na lavoura do Noblat.
Eu vou ler os últimos capítulos da Viagem do Elefante. Vocês deviam fazer o mesmo. Ajuda a entender onde termina a literatura e começa o cinema. Ou o que fazer com dez reais dentro de uma padaria suburbana.

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