quinta-feira, 19 de março de 2009

Ao Bailarino

A cada dia que passa pioram as chances do Brasil sobreviver à marolinha na mesma exata proporção inversa em que cresce o otimismo das hostes governamentais.
Esse “hostes governamentais” é apenas um eufemismo para o fanatismo ideológico religioso que move a militância voluntária do lulismo, ou só uma piadinha política para enfeitar esta notinha quase caseira.
Um amigo meu, destes de muitos anos e de absoluta lealdade recíproca, destes que passaram a acreditar na palavra oficial do Governo, mandou-me um e-mail ontem à noite, logo após o habitual show de otimismo governista do Jornal Nacional, com os números da recuperação da economia. Fui dormir triste por entender que um velho companheiro de trincheira não consegue se desvencilhar de um “velo de alquitrán em la mirada”.
Abri o site da Folha agora de manhã e lá está a versão correta para a dança dos números do oficialismo. Foram criadas nove mil vagas formais e cortadas outras 56 mil no mesmo período, ou seja, este é o pior resultado da economia nacional desde 1999.
Esta é a realidade. E ela não é feita apenas de interesses políticos eleitorais, também entram na receita do bolo alguns litros de suor e uma boa pitada de lágrimas.

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