quinta-feira, 12 de março de 2009

Eu e a Máfia

Vocês não têm nada com isso, mas fui ao médico agora à tarde para exibir minha excepcional performance nos exames laboratoriais e, na verdade do mafioso vestido de branco, só consegui resgatar a prometida notinha vespertina.
O doutor não apenas desdenhou dos meus índices abaixo da zona de perigo como recomendou que eu perdesse dez quilos e parasse de fumar imediatamente. Resolvi contar a história do músico cubano Compay Segundo. Como todo mundo sabe, o genial compositor morreu aos 97 anos e fumava charuto desde os cinco anos de idade. Foram 92 anos de fumaça nos pulmões. Confessei ao ingênuo médico cirurgião que estava determinado a bater o recorde de Compay, embora não vivesse sob o ar limpo e livre de Cuba. Ele sorriu amarelo e me conduziu à saída da clínica, gentilmente, como se expulsasse do sanatório um louco inconveniente.
Os médicos são estranhos. Não têm senso de humor e nem entendem nada da vida humana.
E voltei pra casa assoviando Joaquín Sabina,
yo no quiero comer una manzana por semana sín ganas de comer,
el que yo quiero, muchacha de ojos tristes, es que muerra por mi.

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