quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Ciranda, cirandinha

A julgar pelas informações da mídia golpista e reacionária, a reunião dos Prefeitos com a alta cúpula política administrativa do Governo Federal acendeu uma luz vermelha no Palácio do Planalto sobre o que de fato poderá acontecer durante esta longa campanha eleitoral pela Presidência da República. O resultado ficou a meia légua do esperado. Ninguém ainda conseguiu decifrar o que está acontecendo com a melhor arma do Governo Federal -o discurso de Lula.
Parece que a conversa de ontem do presidente com os prefeitos foi calorosa demais para a fogueirinha de vaidades que usou como mote. As bondades oferecidas foram poucas, e de vidro. As maldades, como jogar dubiamente com a afirmação categórica de que todos os prefeitos são ladrões e de usar o evento como mais um palanque eleitoral camuflado para sua candidata favorita, ficaram inconclusas, também elas não tiveram o efeito desejado.
Então, como dizem os petistas gaúchos, onde está o caroço? Onde Lula, o mestre do improviso, errou, se é que errou mesmo?
Creio que a resposta passa pelo nome de Dilma Roussef. Lula fez-se mestre falando bem de si mesmo e mal, muito mal, dos outros. Está na hora de se acostumar a falar a favor de alguém e sem um alvo declarado, ou pelo menos justificável. Tarefa difícil, complicada. E o jogo já está sendo jogado.
A taça de melhor discurso do dia, vejam só, ficou com Paulo Ziulkoski, presidente da CNM (Confederação Nacional de Municípios). O que este cidadão fez para roubar a cena do rei do gogó? Falou claro e direto, sem meias palavras nem insinuações, contra um único e determinado inimigo: o Governo Federal. Quer dizer, pareceu o velho Lula de guerra. Foi o único a ser aplaudido de pé.

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