segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

A hora do recreio

A exploração desvairada de crianças e adolescentes pela publicidade ainda não têm uma data exata –uma sentença judicial ou lei federal- para acabar, mas afinal começa a ser combatida com alguma eficiência acima das sistemáticas reclamações de intelectuais, ong’s, Imprensa e políticos progressistas (nada a ver com PP, pelo amor de deus).
O Conar está ficando mais rigoroso com propagandas que utilizam crianças e já quadriplicou as suspensões este ano. Talvez ainda demore um pouco, mas chegará o dia em que não teremos de ver na tevê criancinhas extasiadas com um gimmick eletrônico da logomarca de uma instituição financeira, ou melhor dizendo, uma menina de dois anos riscando na tela o símbolo do Itaú –ou simplesmente morrendo de felicidade porque o papai comprou margarina.
Gostaria de fechar esta nota afirmando, alto e bom som, que os garotos redatores de publicidade que bolam este tipo de propaganda grosseira, apelativa e criminosa deviam ser detidos dentro de seus estúdios refrigerados e levados algemados para a delegacia da esquina, mas talvez seja mais interessante ressaltar que estas aberrações publicitárias só vão acabar mesmo no dia em que as ong’s que defendem direitos de crianças e adolescentes entenderem, por exemplo, que a apresentadora de programas de auditório chamada Xuxa, antiga vendedora de Q-suco e chiclete, não é exatamente a melhor referência de comportamento para infância e juventude.

Um comentário:

Anônimo disse...

Raríssimas são as Ongs realmente empenhadas em suas missões. Geralmente são ralos do dinheiro público com a cumplicidade dos governos.