terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

De raposas e lobos

Estou sentindo falta das explicações e justificativas adocicadas do bravo –bravíssimo- Ministro da Justiça e seus cabelos acaju, no noticiário da mídia golpista e reacionária. Tarso Genro desapareceu de jornais e telejornais depois do caso Battisti. Deve ter sido decisão dele mesmo ou da rapaziada da consultoria política, para evitar a decomposição de uma imagem pública construída em anos de serviços políticos prestados ao partido, ao Rio Grande e ao Brasil.
Não concordo com o sumiço voluntário. Uma vez, muitos anos atrás, redator de uma agência de marketing político, ouvi um velho cacique político nordestino, que atendia pelo nome de Antonio Carlos Magalhães, dizer que “não se deixa ataque sem resposta”, e eu imediatamente assimilei esta lição como fundamento de lógica política. Pode ser até que esteja errado, mas comigo sempre deu certo.
Claro que Tarso é assessorado por consultores altamente qualificados, com resultados extraordinários, e não serei eu, com este velho tamborim de couro de gato que vai dar o tom para a filarmônica de pífaro, sanfona, zabumba e triângulo que anima os bailes do Governo Federal, mas dou este repique aqui apenas como observador da cena, afinal parece estranho recuar da batalha apenas porque se levou um pontapé na canela. Como se sabe, o jogo é jogado e o lambari é pescado.

Nenhum comentário: